quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

VALE DE LAMA E DE LÁGRIMAS


Rouxinol do Rinaré

(Trechos do cordel)

Nas disputas milionárias
Quanto vale a vida humana?
A exploração de minérios
Na sua ganância insana
Resultou no drama trágico
Do povo de Mariana!

Quem devia proteger
Os recursos naturais
Permite às mineradoras
Agir por vias “legais”
E a lei ampara os maiores
Desastres ambientais.

Tendo dinheiro e poder
Nenhum vil projeto emperra.
O governante corrupto
No caos o planeta encerra
Dando aval aos poderosos
Pra sucatear a Terra.

A Vale do Rio Doce
Nas suas minerações
Represou lama e rejeitos
Sem cabíveis precauções
Originando um desastre
De enormes proporções.

Dia cinco de novembro
A tragédia aconteceu
Duas barragens romperam
Um mar de lama correu
Causando o maior desastre
Que Minas Gerais sofreu!

Saiu destruindo tudo
O mar de lama e rejeitos
E por mais de cem quilômetros
Deixou terríveis efeitos;
Quem escapou sofre as perdas
Dos bens e sonhos desfeitos!

Um povoado arrasado
Por justiça chora e clama;
Seiscentos desabrigados,
É outra face do drama,
E o Rio Doce amargando
Num triste vale de lama!

segunda-feira, 13 de abril de 2015

JORGE E CAROLINA - Uma linda história de amor!


"JORGE E CAROLINA - Uma linda história de amor!" - Meu novo livro, pronto para ir ao prelo. - Editora IMEPH, ilustrações de Eduardo Azevedo e colorização de Andre de Lucena. - Um trabalho adaptado da obra A VIUVINHA, de José de Alencar.
Vejam a introdução:

Eu vou contar uma história
Que a ninguém causa enfado.
No Rio de Janeiro antigo
Seu enredo é situado
E o tempo histórico da trama
É o Segundo Reinado.
(...)

O amor quando é sincero
Sobrevive a qualquer drama.
É como um fogo que arde
No coração de quem ama
Que nem a morte consegue
Apagar a sua chama!

Próximo da Praia da Glória
Na quebrada da colina
Do morro Santa Teresa
Numa casa pequenina
Morava Dona Maria
Com a filha Carolina.

A moça com quinze anos,
Igual um botão de flor
Desabrochando pra vida
Virgem, cheia de dulçor,
Com Jorge, seu namorado,
Vivia um sonho de amor. (...)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ADEUS, ROBERTO BOLAÑOS DE CHAVEZ E CHAPOLIN!

Esta homenagem a ROBERTO GÓMEZ BOLAÑOS, o nosso saudoso CHAVEZ, nasceu este fim de semana, logo após seu encantamento. Achamos importante colocar na GALERIA DOS MITOS E HERÓIS DO CORDEL ele que encantou gerações com seu humor puro, ingênuo, mas criativo.
O trabalho, em parceria com Klévisson Viana, estará disponível aos leitores durante a Bienal Internacional do Livro do Ceará, a partir do dia 06.

VEJAM ESTROFES DA INTRODUÇÃO:

ADEUS, ROBERTO BOLAÑOS
DE CHAVES E CHAPOLIN!

Rouxinol do Rinaré e Klévisson Viana

Nosso mundo está carente
De inocência e bondade.
No planeta onde as crianças
São cercadas de maldade,
Nessa Terra, com certeza,
Chaves vai deixar saudade!

Quem só vem ao mundo para
Ser arauto da alegria,
Quem faz brotar um sorriso
Onde tem melancolia
Terá de Deus um troféu
Ao desencarnar um dia.

Na luta contra a tristeza
O México tem seu legado
Nos deu Roberto Bolaños,
E também será lembrado
O grande Mário Moreno
Por Cantinflas renomado.

Sendo o riso necessário
Igualmente o oxigênio
Roberto, o grande humorista,
Como criador foi gênio,
E outro com o seu talento
Não nascerá num milênio!

Chaves era uma figura
Do menor desamparado.
O personagem de Gómez,
Pelo qual foi consagrado,
Pra mim mostrava bem mais
Do que o lado engraçado.

Mostrava o cotidiano
De nossa vida real:
O contraste entre os humanos
Nesse mundo desigual,
Entre o riso pontuava
Uma crítica social!

Roberto Gómez, com Chaves,
Alegrava multidões.
Gênio do humor ingênuo
Que transcendeu gerações,
Seu riso será eterno
Sempre em nossos corações!


É mais um ícone do riso
Que este mundo está perdendo.
Com aplauso e muita festa
O céu está recebendo
Ele que nos fez sorrir
Sempre “Sem querer querendo!”

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O HEROÍSMO DE RAMA

Livro de ROUXINOL DO RINARÉ em parceria com EVARISTO GERALDO (Editora Aquariana), com apresentação de MARCO HAURÉLIO - Um trabalho de "fôlego" (recontando o RAMAYANA em 200 estrofes) - A seguir VEJAM A INTRODUÇÃO E ALGUMAS CENAS ALEATÓRIAS:
Certa vez cantei um mantra,
Conforme a mística indiana,
Meu espírito mergulhou
Num estado de nirvana
E assim narrei essa história
Do antigo Ramayana.
(...)
Uma história com perigos
Que desafiam valentes:
Batalhas mágicas, demônios,
Macacos inteligentes,
Gigantes, suspense e lutas,
Com cenas surpreendentes!
(...)
Saíram das terras baixas
Seguindo pelas entranhas
Da floresta onde enfrentaram
As criaturas estranhas,
Foram ao reino de Janaka,
Em Mitíla, nas montanhas.
(...)
Logo avistaram Mitíla
E as torres de seus castelos.
O sol banhava a cidade
Com seus raios amarelos,
Mostrando aos olhos de todos
Um dos cenários mais belos!
(...)
DURANTE O EXÍLIO (A DESCRIÇÃO DA MONTANHA CHITRAKUTA):
Marchando três dias viram
O sol banhar, de fulgores,
A gigantesca montanha
Engrinaldada de flores
Azuis, vermelhas, douradas,
Brancas, de todas as cores.

As flores cobriam o chão
Recendendo essências puras;
As árvores formavam arcos
Com seus galhos, das alturas,
Inclinados quase ao chão
Com suas frutas maduras!

Havia rios, lagoas,
Formando belas paisagens;
Patos, garças entre lótus,
Cervos pastando nas margens,
Os recém-chegados viam
Como se fossem miragens!

Pássaros canoros enchiam
Suas matas de alegria;
De um alcantil enorme
Um rio claro descia...
Com um belo jardim dos deuses
Chitrakuta parecia!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O ALIENISTA EM CORDEL NO TEATRO

Alunos de São Paulo fazem adaptação de O ALIENISTA EM CORDEL para o teatro - veja a apresentação para o Curso de Teatro Célia Helena

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

As Férias de Terezinha



(Livro infantil de Rouxinol do Rinaré)



A viagem de Terezinha para a casa de sua avó, Dona Sancha, é um passeio por várias cirandas e brincadeiras populares. Com belíssimas ilustrações de Rafael Limaverde, o livro é todo escrito em quadras, com rima e métrica, o que nos permite contar e cantar a história.

As Férias de Terezinha


A viagem de Terezinha para a casa de sua avó, Dona Sancha, é um passeio por várias cirandas e brincadeiras populares. Com belíssimas ilustrações de Rafael Limaverde, o livro é todo escrito em quadras, com rima e métrica, o que nos permite contar e cantar a história.